domingo, 13 de março de 2011

Qual a estratégia para seu jogo ?


Na maioria dos cursos de gestão se estuda a brilhante teoria dos jogos. Para quem não  recorda do seu  conceito, sugiro após a leitura do post dessa semana, visitar o site: http://www.teoriadosjogos.net/teoriadosjogos/list-trechos.asp?id=24 , que explica com detalhes a teoria dos jogos.
Bom , não é novidade que as escolas de estratégia associadas aos jogos são constantes no dia-a-dia de TODOS, sobre tudo, na vida corporativa. Um ponto importante, entretanto que as teorias não nos revelam com exatidão,  versa sobre  quais  são os verdadeiros rivais ou oponentes em cada situação pontual. Uma vez não havendo clareza sobre o problema, são pequenas as chances do tomador de decisão  optar pela  melhor conseqüência, logo a melhor estratégia.
Na prática podemos passear sobre várias aplicações de jogos.  Uma situação bem generalista,  que todos percebemos na prática , são os destemperos climáticos. O efeito estufa, as bruscas alterações do clima mundo a fora, não são acontecimentos triviais da natureza. Mas sim, uma reação provocada pelos atos realizados pela sociedade e as suas escolhas no que diz respeito a estilo de vida e consumo ao longo do tempo.
No final do ano de 2009, na cidade de Copenhagen, a mais alta esfera de especialistas e representantes de todo o mundo  debruçaram-se sobre a discussão dos efeitos climáticos e as possíveis medidas contingenciais que poderiam ser adotadas a seu respeito. O resultado foi  um grande fracasso diplomático. As nações ricas não cederam a pressão de intensificar o uso de energia limpa a suas economias. O motivo ? Ao tomar  tal decisão, haveria a necessidade de um alto aporte de capital  - o que refletiria na elevação de custos a ser repassados aos consumidores. Tal medida proporcionaria uma provável perca de competitividade.  Isso se explica, porque nada garante que a concorrência  adotaria os mesmos investimentos nos  processos de sua produção, sobretudo as chamadas  nações asiáticas.  Adaptações a parte, situação parecida com a conhecida aplicação do " dilema do prisioneiro".

A  estratégia ( here now)  das nações “ desenvolvidas” nesse caso  se dirige  inicialmente a competição de preços  entre as nações . O que faz total sentido quando se imagina que o rival desse jogo são apenas  blocos econômicos. Só que a ausência da sustentabilidade da estratégia, pode levar a humanidade a um caminho sem volta. As grandes oscilações climáticas e situações de extremo podem ser a inevitável herança para as próximas gerações.
Em jogos competitivos, segundo Nash, há pelo menos uma situação de equilíbrio. Esse ponto certamente não está presente nos extremos, seja nos discursos  inflamados de movimentos ativista pró meio ambiente, tampouco na racionalização da decisão com vistas apenas aos interesses econômicos. Neste caso, os conhecimentos dos modelos matemáticos não foram suficientemente midiáticos para compor a melhor estratégia. Os jogadores decidiram optar por  jogar contra o planeta – um game onde verdadeiramente não há vencedores.
Campanha da Fraternidade 2011
Quando um grupo de renomadas autoridades sobre o assunto obtém tão baixa performance no alcance de  seus objetivos estratégicos , passo a questionar se as organizações também não repetem os mesmos erros. Quais as ferramentas de tomada de decisão sua empresa utiliza? Você conhece bem a teoria dos jogos? Já ouviu falar em Decisão Multicritério?  Com base em quais conceitos são montadas suas estratégias? Sua estratégia é dominante? Você conhece bem o seu concorrente/oponente?  Que reação você deseja suscitar e de que forma pretende fazê-lo?  Uma vez munido de habilidade técnicas, você possui um bom negociador?  Quais características faz dele um bom negociador ?  Quem são seus oponentes nesse jogo?
Amplio essa reflexão com todos vocês. O conjunto de respostas para esses questionamentos, por certo nos aproximará da resposta da pergunta central desse texto. Afinal , qual a estratégia para o seu jogo?

Uma ótima semana, até o  próximo encontro.

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