
Certo dia
participando da organização de um processo de seleção ouvi um consultor de RH
falando:“ O processo seletivo é a
promoção de um casamento entre empresa e colaborador, é preciso que ambos se
identifiquem e desejem estar juntos”.
Essa frase acompanhou meu pensamento por algum tempo e nada mais justo
que compartilhar com vocês na postagem
dessa semana.
O que me ocorre lembrar é que os “ casamentos corporativos” nos últimos tempos tendem a ter uma validade
curta ou uma duração bastante limitada. Não é raro em nossas famílias encontrar
exemplos em nossos pais, tios ou avôs com décadas a fio em uma mesma empresa. Porém
cada dia é mais raro encontrar jovens que permaneçam por mais de 5 anos na
mesma empresa.
Se outrora a
concepção empresarial tinha o discurso de que detinha a barganha por promover empregos, hoje
transformada, percebe que se trata de
uma via de mão dupla – colaboradores precisam de seus empregos, bem como as
empresas necessitam de seus colaboradores.
O alto turn over de funcionários começou a afetar
a vida das empresas, dentre eles elevando por demais seus custos seja nos
constantes processos seletivos, na dificuldade de captação de mão de obra qualificada
e sobretudo no tempo de aprendizagem e adaptação que um novo colaborador leva para se alinhar a uma
nova organização.
QuAL O SeGREDo PaRA uM "CaSAMENTo" DuRADoURO ?
A resposta dessa pergunta é perseguida por vários grupos
de estudo de gestão empresarial com foco em RH. Acredito que a resposta para
essa questão é quase tão valiosa quanto
a fórmula da coca cola para muitos empresários. A notícia boa é que ela é bem mais acessível do que se imagina e a notícia
ruim é que não existe uma formula pré moldada, ela deve se adaptar para cada
situação, cada empresa.
Mas o primeiro
passo inicia-se com a observação do
ambiente, olhar as diferenças entre as gerações que se possui dentro de uma
mesma empresa ( isso inclui a diretoria
até os cargos operacionais) e tirar proveito delas é decisivo para agregação de
valor. Compreender os diferentes anseios das diferentes gerações sejam elas :
X, Y ou Z e alinhá-las aos objetivos da empresa, é uma construção continuada.
A partir da
observação se compreende que a motivação de cada geração é diferente e a partir daí é possível
gerenciar os paradigmas que cada uma delas possui. O combustível para essa
relação é relativo, pois depende da posição ou geração que se ocupe. Não existe
desafio maior, motivos melhores ou piores.
O que existe é gestão assertiva ou não.
Vínculos
duradouros podem ser saudáveis assim como eventuais mudanças também. Parafraseando
o poeta Vínicius de Moraes : “ Que seja eterno enquanto dure” penso que nas
relações corporativas essa máxima ocorre sempre que se oferta e na mesma
proporção se recebe o que existe de melhor dentro das relações profissionais.
Você está ofertando o que há de melhor enquanto profissional ou empresário?
Deterministicamente
falando : SEMPRE é possível ir além e fazer melhor quando o assunto elegido são
as relações humanas. Uma ótima semana para todos vocês ! Até a próxima semana =)